Autoavaliação
Autoavaliação
A autoavaliação deve ser uma prática das instituições públicas que estão em busca da melhoria da qualidade de ensino, pesquisa e extensão. Em suma, avaliar é uma condição essencial para conhecer a realidade atual e, a partir desta realidade, definir objetivos e ações que contribuam para o aprimoramento constante do desempenho acadêmico e administrativo.
A autoavaliação pressupõe que sejam adotados procedimentos que permitam a discussão coletiva e o engajamento de todos os atores no processo de avaliação. Os efeitos produzidos por este processo influenciarão, de maneira favorável, a dinâmica institucional quanto à mobilização de seus quadros docente, discente e administrativo, em tomo da qualidade do ensino, pesquisa e extensão. De fato, a autoavaliação apresenta-se como importante metodologia de transformação. Consiste num empreendimento sistemático que almeja a compreensão global do objeto da avaliação pelo reconhecimento e integração de suas diversas dimensões. Além disso, busca desenvolver uma nova cultura da avaliação que fundamente o planejamento da Instituição nos diversos horizontes de tempo.
Autoavaliação na UFSCar
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem ampla tradição em processos de autoavaliação. A Comissão Própria de Avaliação/UFSCar coordena os processos internos de autoavaliação para atender os requisitos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), mas também para levantar e sistematizar dados e informações que contribuem para o aprimoramento dos processos de planejamento e gestão e para a melhoria da qualidade da formação, da produção de conhecimento e da extensão realizadas na UFSCar.
Na UFSCar, a autoavaliação institucional é baseada nos seguintes eixos: (1) Planejamento e Avaliação Institucional; (2) Desenvolvimento Institucional; (3) Políticas Acadêmicas; (4) Políticas de Gestão; e (5) Infraestrutura Física. Os eixos contemplam, portanto, desde aspectos estruturais; a política de capacitação e qualificação dos servidores; a qualidade dos cursos de graduação na percepção de docentes e estudantes; a comunicação interna e externa da Universidade; a participação nos órgãos colegiados da Instituição; até as interações entre docentes e estudantes, entre outros pontos. O processo de autoavaliação conduzido pela UFSCar engloba toda a comunidade acadêmica, trazendo resultados em seus diferentes níveis de atuação educação. A autoavaliação tem sido um eixo central na melhoria das Instituições de ensino superior.
Autoavaliação na Pós-Graduação Stricto Sensu
A CAPES orienta que os programas de Pós-Graduação (Stricto Sensu), além dos resultados das avaliações externas, pautem suas ações de melhoria em programas próprios e estruturados de autoavaliação:
“[...] a experiência internacional mostra que a autoavaliação dos programas de pós-graduação tem resultado na melhoria dos próprios programas. A valorização da autoavaliação em todo e qualquer programa avaliativo – seja uma acreditação ou uma avaliação feita por agências, ou seja, um programa institucional - segue a tendência mundial”.
Autoavaliação no PPGPEP
A autoavaliação está prevista no regimento interno do Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia de Produção (PPGPEP) da UFSCar, Campus São Carlos.
Entendemos a autoavaliação como “um processo sistemático de coleta e análise de dados e informações para autoconhecimento dos programas e tomada de decisões em função dos objetivos, critérios de qualidade e resultados esperados da pós-graduação stricto sensu”.
Objetivos da Autoavaliação
Objetivo central
O objetivo central é avaliar o desempenho do PPGPEP em conjunto com os diferentes atores internos e externos, e desta maneira, contribuir para a elevação dos padrões de qualidade em termos de formação de mestres, elevar a produção científica e tecnológica na área da engenharia de produção e articular impactos do programa com a comunidade científica e não-científica.
Objetivos específicos
Os objetivos específicos da autoavaliação no PPGPEP são:
- Promover um diagnóstico do programa por meio das avaliações interna e resultados de avaliações externa ou outras fontes de informações, visando o autoconhecimento e favorecendo a autocrítica;
- Contribuir para o aperfeiçoamento do programa e subsidiar o planejamento das atividades de melhoria no curso de mestrado;
- Propor condições de desenvolvimento sintonizadas com a comunidade interessada no programa e fortalecer seu compromisso científico e social;
- Elevar o nível da formação de mestres em Engenharia de Produção e a produção científica e tecnológica;
- Mobilizar a comunidade acadêmica do programa na identificação e definição de políticas e ações para o próprio PPGPEP.
Princípios da Autoavaliação
O Programa de autoavaliação do PPGPEP está norteado pelos seguintes princípios:
- Abrangência: todos os aspectos e dimensões relacionadas ao programa (por exemplo, ensino, orientações, pesquisa, gestão, qualidade das aulas, produção científica e tecnológica, infraestrutura física e de pesquisa etc.) fazem parte desta autoavaliação;
- Progressividade: todos os elementos serão avaliados, mas em momentos e profundidades graduais;
- Não premiação ou punição: o processo de autoavaliação não está vinculado a mecanismos de punição ou premiação. Ao contrário, ele auxilia na formulação de políticas, ações e medidas para promover melhorias no programa;
- Adesão voluntária: a participação dos atores (docentes, discentes, ex-alunos e outros autores) deve ser voluntária. O objetivo é estabelecer a cultura da avaliação, que só tem êxito se contar com a colaboração voluntário dos atores envolvidos tanto nos procedimentos de aplicação como na utilização dos resultados;
- Legitimidade: a adesão voluntária garante legitimidade, a qual é suportada por uma metodologia capaz de garantir a construção de indicadores adequados, informações fidedignas e tomada de decisão voltada à melhoria do PPGPEP;
- Continuidade: este princípio permitirá a comparabilidade dos dados de um determinado momento a outro, revelando o grau de eficácia das medidas adotadas a partir dos resultados obtidos.
Comissão interna de autoavaliação
O programa de autoavaliação é conduzido por uma Comissão interna de Autoavaliação. Ela é constituída pelos seguintes representantes:
- Um presidente e um vice-presidente.
- Um representante docente de cada linha de pesquisa do programa;
- Um representante do corpo administrativo do PPGPEP;
- Um representante discente do programa
O presidente e vice-presidente desta comissão serão designados pela Comissão de Pós-graduação (CPGPEP). Já os demais representantes serão indicados por seus respectivos pares e submetidos à homologação pela CPGPEP.
À Comissão interna, seguindo as recomendações da UFSCar e do PPGPEP, competirá:
- Coordenar os processos internos de avaliação;
- Sistematizar e prestar informações solicitadas pelas avaliações externas do Programa;
- Constituir subcomissões de avaliação, quando necessário;
- Elaborar e analisar relatórios e pareceres e encaminhar à CPGPEP;
- Propor projetos e ações que proporcionem a melhoria do programa e de seus processos de autoavaliação.
A Comissão atual é composta pelos seguintes membros:
- Presidente: Profa. Clarissa Fullin Barco Camargo
- Vice-Presidente: Profa. Alessandra Rachid
- Representante docente de PCsP: Prof. Gilberto Miller Devós Ganga
- Representante docente de GQ: Profa. Fabiane Lizarelli
- Representante docente de TOTI: Prof. Andrei Aparecido Albuquerque
- Representante do corpo administrativo do: Robson Lopes dos Santos
- Representante discente do PPGPEP: Em definição
Dimensões da autoavaliação
Nosso programa de autoavaliação é composta por três dimensões:
1 Programa
- Esta dimensão pretende avaliar o funcionamento, a estrutura e o planejamento do PPGPEP em relação ao seu perfil e seus objetivos. Neste caso, esta dimensão contempla os seguintes critérios:
- 1.1 Articulação, aderência e atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos em andamento e estrutura curricular, bem como a infraestrutura disponível em relação aos objetivos/missão do programa;
- 1.2 Perfil do corpo docente, e sua compatibilidade e adequação à Proposta do Programa;
- 1.3 Planejamento estratégico do programa, considerando também articulações com o planejamento estratégico da instituição, com vistas à gestão do seu desenvolvimento futuro, adequação e melhorias da infraestrutura e melhor formação de seus alunos, vinculada à produção do conhecimento científico e tecnológico;
- 1.4 Os processos, procedimentos e resultados da autoavaliação do programa, com foco na formação discente e produção do conhecimento científico e tecnológico.
2 Formação
Esta dimensão tem seu foco na qualidade dos recursos humanos formados pelo PPGPEP, levando em conta a atuação dos docentes e a produção de conhecimento diretamente associada às atividades de pesquisa e de formação do programa. Neste caso, esta dimensão contempla os seguintes critérios:
- 2.1 Atuação dos docentes permanentes em relação às atividades de pesquisa e de formação de cada programa e à produção intelectual;
- 2.2 Qualidade e adequação dos Trabalhos de Final de Curso em relação às áreas de concentração e linhas de pesquisa do programa;
- 2.3 Qualidade da produção de discentes e egressos do programa.
3 Impacto na Sociedade
Esta dimensão está relacionada com os impactos gerados pela formação de recursos humanos e a produção de conhecimentos do programa. Compreende também critérios relacionados aos impactos, atuação local, regional e nacional e impacto social do PPGPEP. Neste caso, esta dimensão contempla os seguintes critérios:
- 3.1. Impacto e caráter inovador da produção intelectual no programa;
- 3.2. Egressos do programa em relação à formação recebida;
- 3.3. Impacto da inserção social e econômica do programa;
- 3.4. Internacionalização e visibilidade do programa, quando for o caso.
Sistemática de Autoavaliação
A autoavaliação é um processo dinâmico de coleta de dados, divulgação de informações e formulação de propostas de melhorias. No PPGPEP, a autoavaliação dar-se-á por meio de ciclos anuais, conforme cronograma de implantação. Ao final de cada ciclo, a Comissão Interna de Autoavaliação deverá apresentar e acompanhar a implementação das ações de melhorias definidas pelos programas.
Os quadros a seguir apresentam a estrutura geral do processo de autoavaliação do programa. Cada quadro refere-se a uma dimensão. Nele, estão especificados:
- Os critérios que formam a dimensão;
- Os itens de avaliação que formam cada critério (referem-se o elemento a ser avaliado);
- Indicadores de desempenho por critérios;
- Atividades de implementação da avaliação dos itens;
- Periodicidade da avaliação;
- Responsabilidade operacional pela avaliação;
Clique aqui para conhecer os quadros de avaliação de cada dimensão.
Ciclo de Implementação da autoavaliação
O processo de autoavaliação fundamenta-se em ciclo anuais, os quais englobam as seguintes atividades:
- Revisão de resultados de avaliações passadas a fim de corrigir eventuais problemas no processo de autoavaliação;
- Construção do plano anual de ações da Comissão Interna de autoavaliação para a definição das estratégias e do cronograma a serem utilizados no processo;
- Aperfeiçoamento dos instrumentos usados para avaliação e diagnóstico das dimensões propostas na autoavaliação do Programa;
- Sensibilização dos atores ligados ao Programa com o objetivo de estimular o caráter participativo e continuado da avaliação (docentes, discentes etc.);
- Realização da autoavaliação de forma anual, incluindo a coleta dos dados conforme os indicadores identificados assim como a aplicação das pesquisas de levantamento apontadas;
- Realização de avaliação crítica para a CPGPEP a fim de apresentar resultados parciais;
- Análise e interpretação dos dados obtidos através da autoavaliação, por meio de tabulação, levantamento crítico dos resultados obtidos e análise quanti-qualitativa dos dados coletados;
- Elaboração do relatório da autoavaliação, com as devidas sugestões de melhorias ;
- Divulgação dos resultados da autoavaliação para a comunidade do PPGPEP.
Instrumentos de avaliação
O processo de autoavaliação realiza-se pela coleta de informações (controle) e por meio da aplicação de questionários, que são direcionados aos atores internos (por exemplo, discentes e docentes) e atores externos (egressos e comunidade). O sucesso da coleta de informações depende da disponibilidade de informações e sistemas que facilitem a coleta, armazenamento, tratamento e análise das informações. Já o sucesso das pesquisas de levantamento depende da capacidade de sensibilização dos atores envolvidos e, consequentemente, da importância dada por eles à participação no processo de avaliação.
Foram concebidos os seguintes instrumentos de avaliação:
- Pesquisa de levantamento: condições gerais do PPGPEP (docentes e discentes);
- Pesquisa avaliação das disciplinas;
- Pesquisa de levantamento com egressos. Este instrumento está relacionado ao desenvolvimento do Programa Alumni PPGEP, descrito em “SOCIEDADE”;
- Pesquisa Percepção – Comunidade (em desenvolvimento).